Empréstimos estudantis no Brasil (FIES): investimento ou despesa

Empréstimos estudantis no Brasil (FIES): investimento ou despesa?

Um relatório do Banco Mundial de 2017,” um ajuste justo – análise da eficiência e equidade da despesa pública no Brasil”, relatou gastos nacionais altamente ineficientes, incluindo o orçamento educacional e sugeriu que quase 50% dos recursos públicos poderiam ter sido salvos.

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 O relatório dos economistas e baseado principalmente nos dados pré-crises destinados a encontrar formas de economizar dinheiro, usou o termo “eficiência” em termos de custo, mas não de qualidade. Entretanto, a qualidade da educação no Brasil continua a ser um problema sério.

 Por isso as recomendações “para reduzir ineficiência está relacionado principalmente a um número excessivo” e o uso da palavra “despesa” pelo Ministro das Finanças e do Ministro da Educação em relação à educação de orçamento provocou uma tempestade de críticas da sociedade, insistindo que os fundos gastos em educação representam um investimento não uma despesa. As preocupações com o futuro das universidades públicas, plenamente mantidas pelos contribuintes, também se estenderam às instituições de Ensino Superior privadas que enfrentam novas realidades.

Na década mais próxima, o Brasil poderá ter que passar a cobrar taxas pela educação pública, mesmo que isso signifique uma mudança na Constituição Brasileira. Muitos serviços educacionais provavelmente também serão comercializados. O programa Fies será aplicável às instituições de Ensino Superior públicas e privadas se o público começar a cobrar taxas.

 É provável que abale o estatuto de muitas instituições de Ensino Superior e cause alguns encerramentos em ambos os campos. Difícil de aceitar, mas a qualidade da Educação passará para o segundo plano até ao fim das crises. O orçamento para a Ciência e a internacionalização será reduzido e muitas instituições serão obrigadas a buscar novas fontes de financiamento, a fim de conduzir a investigação.

A substituição do Programa “Ciência Sem Fronteiras” de US$ 2 bilhões com o “programa de impressão” de US $ 90 milhões é um bom exemplo, mas também reduz significativamente as oportunidades internacionais.

 A internacionalização nas instituições de ensino superior privadas, no entanto, continuará a crescer porque estão habituados a fazê-lo com o seu próprio orçamento.

Tempos desesperados precisam de decisões desesperadas. O que preocupa os brasileiros é que depois das crises é improvável que o país volte a programas sociais pré-crises. A experiência internacional mostra que o preço de uma crise é muitas vezes uma geração perdida. Uma geração “mal-educada” é um preço muito caro para a economia emergente.